quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

AGROTÓXICOS-COMENTÁRIOS DE JOÃO MARCELO BORELLI

De: de-lege-agraria-nova@googlegroups.com em nome de João Marcelo Borelli Machado (borellimachado@gmail.com)

A herança maldita do agronegócioViomundo 23 de fevereiro de 2011 às 9:11h “O uso dos agrotóxicos não significa produção de alimentos, significaconcentração de terra, contaminação do meio ambiente e do ser humano” Por Manuela Azenha* Raquel Rigotto é professora e pesquisadora do Departamento de SaúdeComunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará.Coordenadora do Núcleo Tramas – Trabalho, Meio Ambiente e Saúde,Raquel contesta o modelo de desenvolvimento agrícola adotado peloBrasil e prevê que para as populações locais restará a “herançamaldita” do agronegócio: doenças e terra degradada. Desde 2008, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos para se tornar omaior consumidor de agrotóxicos do mundo. Segundo dados da Organizaçãodas Nações Unidas, é também o principal destino de agrotóxicosproibidos em outros países. Na primeira parte da entrevista, Raquel fala sobre o “paradigma do usoseguro” dos agrotóxicos, que a indústria chama de “defensivos”agrícolas. De um lado todo mundo sabe que eles são nocivos. De outrose presume que haja um “modo seguro” de utilizá-los. O aparatolegislativo existe. Mas, na prática… Raquel dá um exemplo: o estado doCeará, que é onde ela atua, não dispõe de um laboratório para fazerexames sobre a presença de agrotóxicos na água consumida pelapopulação. Ela começa dizendo que em 2008 e 2009 o Brasil foi campeãomundial no uso de venenos na agricultura. Na segunda parte da entrevista, Raquel diz que os agrotóxicoscontribuíram mais com o aumento da produção de commodities do que coma segurança alimentar. Revela que cerca de 50% dos agrotóxicos usadosno Brasil são aplicados na lavoura da soja. Produto que se tornaráração animal para produzir carne para os consumidores da Europa e dosEstados Unidos. Diz que o governo Lula financiou o agronegócio a umritmo de 100 bilhões de reais anuais em financiamento — contra 16 paraa agricultura familiar — e que foi omisso: não mexeu na legislação de1997 que concedeu desconto de cerca de 60% no ICMS dos agrotóxicos.Enquanto isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) está completamentedespreparado para monitorar e prevenir os problemas de saúde causadospelos agrotóxicos. Na terceira parte da entrevista Raquel diz que Agência Nacional deVigilância Sanitária (Anvisa) nem sempre tem apoio dentro do própriogoverno para tratar do problema dos agrotóxicos. Afirma que é tarefade pesquisadoras como ela alertar o governo Dilma para a gravidade doproblema, já definida por pesquisadores como uma “herança maldita” queas grandes empresas do agronegócio deixarão para o Brasil; doenças,terras degradadas, ameaça à biodiversidade. Ela lembra que o rioJaguaribe, que corta áreas de uso intensivo de agrotóxicos, é de ondesai a água para consumo da região metropolitana de Fortaleza. Transcrição da entrevista: Viomundo – O Brasil continua sendo o maior consumidor de agrotóxicos do mundo? Raquel Rigotto – Os dados de 2008 e 2009 apontaram isso, eu não viainda os de 2010. Mas nos anos anteriores tivemos esse triste título. V – Por que a senhora acha que o Brasil vai nesse contra-fluxo? OsEstados Unidos e a UE proibindo o uso de agrotóxicos e o Brasilaumentando o consumo? RR - É um fenômeno que tem muito a ver com o contexto dareestruturação produtiva, inclusive da forma como ela se expressa nocampo. Nós estamos tendo na América Latina, como um todo, uma série deempreendimentos agrícolas que se fundam na monocultura, nodesmatamento, são cultivos extensivos, de área muito grande, entãoisso praticamente obriga a um uso muito intenso de agrotóxicos. Entãotem a ver com a expansão do chamado agronegócio na América Latina,como um todo. V – Existem pesquisas que comprovam os malefícios dos agrotóxicos? RR – Sim, os agrotóxicos antes de serem registrados no Brasil, elessão analisados pelo Ministério da Saúde, da Agricultura e do MeioAmbiente e eles são classificados de acordo com sua toxicidade para asaúde humana e de acordo com o seu impacto para o meio ambiente. Entãodesde o começo, quando eles são registrados, a gente já sabe que elessão produtos nocivos. Isso já vem descrito nas monografias que aspróprias indústrias fabricantes apresentam para os órgãos dosgovernos. Aqueles que são classificados como grupo 1, por exemplo, doponto de vista da toxicidade para a saúde humana, são aqueles que sãoextremamente tóxicos, depois vêm os altamente tóxicos e osmoderadamente tóxicos ou os pouco tóxicos.Já sabemos desde o início que são substâncias nocivas à vida e têmimpacto não só sobre as pragas mas sobre as pessoas e os ecossistemas.Agora, para além disso nós temos uma larga gama de estudos mostrandoos impactos ambientais dos agrotóxicos, as contaminações de água, dear, de solo, de redução da biodiversidade, de contaminação dealimentos, e também do ponto de vista da saúde humana, que vai desde aintoxicação aguda até os chamados efeitos crônicos. V – Se a nocividade desses produtos é algo comprovado, por que elesnão são banidos? RR – Na verdade, o que se construiu foi o que a gente chama deparadigma do uso seguro. Quer dizer, se reconhece que háuma nocividademas também se propõe estabelecer condições para o uso seguro. Aí vocêtem limitações desde os tipos de cultivos em que cada produto pode serusado, o limite máximo de tolerância dele no ambiente de trabalho, atémesmo na água de consumo humano, o tipo de equipamento de proteção quedeve ser fornecido aos trabalhadores e também a informação que elesdevem ter.Você tem um amplo aparato legislativo que criaria condições para umsuposto uso seguro desses produtos. Mas a partir das experiênciasnossas aqui de cultivo na fruticultura irrigada para exportação noCeará, a gente vem questionando muito se existe esse uso seguro. Porexemplo, o governo estadual, que tem o órgão estadual de meioambiente, que deteria a atribuição de acordo com a legislação federalde monitorar os impactos ambientais dos agrotóxicos, não dispõe de umlaboratório que seja capaz de identificar a contaminação da água poragrotóxicos. Na pesquisa, enviamos as amostras para Minas Geraisporque no Ceará não tem órgãos públicos que o façam. E nem mesmo nosetor privado tem instituições de segurança. E existem uma série deoutras evidências de que essas condições do uso seguro não estãovigendo. V – Hoje o mundo precisa dos agrotóxicos? RR – Vivemos um discurso de que os agrotóxicos redimiriam o mundo dafome. Isso nós experimentamos historicamente e própria ONU e a FAOreconhecem que houve o aumento da produção daquilo que chamamos hojede commodities, como a soja, o açúcar, a cana, mas isso não implicousegurança alimentar e redução dos padrões de desnutrição e subnutriçãoentre os mais pobres. Ampliou-se a produção dessas commodities massequer a gente pode chamá-las de alimentos porque o problema da fomepersiste. Quem produz alimentos, quem produz comida realmente no Brasil, é aagricultura familiar. No ano de 2008, mais de 50% dos agrotóxicosconsumidos no Brasil foi nas plantações de soja. Essa soja é em grandeparte exportada para ser transformada em ração animal e subsidiar oconsumo europeu e norte-americano de carne. Então isso não significaalimentação para o nosso povo, significa concentração de terra,redução de biodiversidade, contaminação de água, solo e ar econtaminação dos trabalhadores e das famílias que vivem no entornodesses empreendimentos. Além das enormes perdas para os ecossistemas,o cerrado, a caatinga e até mesmo o amazônico, que está sendo invadidopela expansão da fronteira agrícola. Então é claro que deixar de usar agrotóxico não é algo que se possafazer de um dia para o outro, de acordo com o que os agrônomos têmdiscutido, mas por outro lado nós temos muitas experiênciasextremamente positivas de agroecologia, que é a produção de alimentosutilizando conhecimentos tradicionais das comunidades e saberescientíficos sensíveis da perspectiva da justiça sócio-ambiental. Essessim, produzem qualidade de vida, bem viver, soberania e segurançaalimentar, e conservação e preservação das condições ambientais eculturais. V – Como a senhora avalia a política do governo Lula em relação aos agrotóxicos? RR – O governo Lula teve um papel muito importante na expansão doagronegócio no Brasil. Para dar dados bem sintéticos, o financiamentoque o governo disponibilizou para o agronegócio anualmente foi emtorno de 100 bilhões de reais e para a agricultura familiar foi emtorno de 16 bilhões de reais. Então há um desnível muito grande. O governo Lula foi omisso em relação às legislações vigentes no Brasildesde 1997, que concedem uma isenção de 60% do ICMS para osagrotóxicos. Ou seja, existe um estímulo fiscal à comercialização,produção e uso dos agrotóxicos no país. Isso, evidentemente, atrai noespaço mundial investimentos para o nosso país, investimentos quetrabalham com a contaminação. Também poderíamos falar das políticaspúblicas, continuamos com o Sistema Único de Saúde, que apesar de serda maior importância enquanto sistema de universalidade, equidade,participação e integração, ainda é um sistema completamente inadequadopara atender a população do campo. Ainda é um sistema cego para as intoxicações agudas e os efeitoscrônicos dos agrotóxicos. E com raríssimas exceções nesse enorme país,é um sistema que ainda não consegue identificar, notificar, previnir etratar a população adequadamente. Existe uma série de hiatos para aação pública que precisam ser garantidos para que se possa respeitar aConstituição Federal no que ela diz respeito ao meio ambiente e àsaúde. V – Alguns agrotóxicos têm sido revistos pela ANVISA. Como esseprocesso tem corrido? RR – A ANVISA pautou desde 2006, se não me engano, a reavaliação de 14agrotóxicos. Segundo estudos inclusive dos próprios produtores, ascondições relatadas no momento do registro tinham se alterado e,portanto, pensaram em reavaliar as substâncias. Esse processo vemcorrendo de forma bastante atropelada porque o sindicato da indústriaque fabrica o que eles chamam de “defensivos agrícolas”, utiliza nãosó de suas articulações com o poder político no Senado Federal, com abancada ruralista, mas também de influências sobre o Judiciário, egerou uma série de processos judiciais contra a ANVISA, que é o órgãodo Ministério da Saúde responsável legalmente por essas atribuições.Mas alguns processos já foram concluídos. V – A senhora acha que essa reavaliação pode ser vista como um avançona política nacional? RR – A ANVISA é um órgão que tem lutado com competência para cumpriraquilo que a legislação exige que ela faça mas às vezes ela temencontrado falto de apoio dentro dos próprios órgãos públicosfederais. Muitas vezes o próprio Ministério da Agricultura não semostra comprometido com a preservação da saúde e do meio ambiente comodeveria, a Casa Civil muitas vezes interfere diretamente nessesprocessos, o Ministério da Saúde muitas vezes não tem compreensão daimportância desse trabalho de reavaliação dos agrotóxicos. A ANVISA éuma das dimensões da política pública, no que toca às substânciasquímicas, que vem tentando se desenvolver de maneira adequada, mas commuitos obstáculos. No contexto mais geral, a gente ainda enxergapoucos avanços. V – As perspectivas daqui pra frente, no governo Dilma, não trazemmuita esperança, então… RR – Acho que vamos ter a tarefa histórica, enquanto pesquisadores,movimentos sociais e profissionais da saúde, de expor ao governo Dilmaas gravíssimas implicações desse modelo de desenvolvimento agrícolapara a saúde da população como um todo. Porque não são só osagricultores ou os empregados do agronegócio, os atingidos por esseprocesso. Aqui no nosso caso [do Ceará], por exemplo, o rio que banhaessas empresas e empreendimentos, que é o rio Jaguaribe, é o mesmocuja água é trazida para Fortaleza, para abastecer uma regiãometropolitana de mais de 5 milhões de pessoas. Essa água pode estarcontaminada com agrotóxicos e isso não vem sendo acompanhado pelo SUS. Nós temos toda a questão das implicações da ingestão de alimentoscontaminados por agrotóxicos na saúde da população. Em que medida esseacento dos cânceres, por exemplo, na nossa população, como causa demorbidade e de mortalidade cada vez maior no Brasil, não tem a ver coma ingestão diária de pequenas doses de diversos princípios ativos deagrotóxicos, que alteram o funcionamento do nosso corpo e facilitam aocorrência de processos como esse, já comprovado em diversos estudos.Então é preciso que o governo esteja atento. Nós temos uma responsabilidade de preservar essa riqueza ambiental queo nosso país tem e isso é um diferencial nosso no plano internacionalhoje. Não podemos deixar que nossa biodiversidade, solos férteis,florestas, clima, luz solar, sejam cobiçados por empresas que não têmcritério de respeito à saúde humana e ao meio ambiente quando seinstalam naquilo que elas entendem como países de terceiro mundo oupaíses subdesenvolvidos. V – Por que o Brasil com tamanha biodiversidade, terra fértil e águanecessita de tanto agrotóxico? RR – Porque a monocultura, que é a escolha do modelo do agronegócio,ao destruir a biodiversidade e plantar enormes extensões com um únicocultivo, cria condições favoráveis ao que eles chamam de pragas, quena verdade são manifestações normais de um ecossistema reagindo a umaagressão. Quando surgem essas pragas, começa o uso de agrotóxico e aívem todo o interessa da indústria química, que tem faturado bilhões ebilhões de dólares anualmente no nosso país vendendo esse tipo desubstância e alimentando essa cultura de que a solução é usar mais emais veneno.Nós temos visto na área da nossa pesquisa, no cultivo do abacaxi, eramutilizados mais de 18 princípios ativos diferentes de agrotóxicos parao combate de cinco pragas. Depois de alguns anos, a própria empresadesistiu de produzir abacaxi porque, ainda que com o uso dos venenos,ela não conseguiu controlar as pragas. Então é um modelo que, em simesmo, é insustentável, é autofágico. As empresas vêm, degradam o soloe a saúde humana e vão embora impunemente. Fica para as populaçõeslocais aquilo que alguns autores têm chamado de herança maldita, que éa doença, a terra degradada, infértil e improdutiva.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

HISTÓRIA DA CIDADE DE ITABERAÍ...NOSSA QUERIDA CURRALINHO..

HISTÓRIA DA CIDADE
A cidade de Curralinho, hoje Itaberaí, em 1819, recebeu o iminente naturalista francês Saint-Hilaire, Itaberaí já era um povoado próspero, onde se festejavam anualmente a festa de Pentecostes, no dia 12 de agosto, e as tradicionais folias do Divino, em 1824, já existia a Praça da Matriz, e duas pequenas ruas, a Municipal e Sete de Setembro, com o número total de 52 casas. Capitão-mor Salvador Pedroso de Campos, foi o fundador de Itaberaí, homem mais abastado de seu tempo, tendo, por isso mesmo exercido real influência sobre os seus contemporâneos. Capitão-mor Salvador Pedroso, extraiu grande quantidade de ouro, a ponto de ter os seus utensílios caseiros, tais como pratos, talheres, xícaras, copos, bandejas, etc, de ouro. A origem, porém, propriamente dita de Itaberaí, ou melhor, o que deu motivo a sua fundação, remonta a meados do século XVII, reinava D. João V, o vigésimo quarto rei de Portugal, em 1749. Por essa ocasião chegaram à capitania de Goiás os irmãos Távora, ricos fidalgos portugueses, dentro os quais se contava D. Álvaro José Xavier Botelho de Távora ou Conde de São Miguel, que em 31 de Agosto de 1755 recebeu o governo de Goiás. Na sua inata ambição pelo ouro, ocuparam os irmãos Távora as terras do alto vale de Uru, onde então fizeram duas estâncias a Quinta e o Santo Isidro. Devido a uma grande geada que ressecou os pastos e a seca, e que celebrizaria mais tarde; viu o seu gado afugentar-se das pastagens costumeiras nas redondezas das fazendas Quinta e Santa Isidro, em demanda de outros sítios circunvizinhos, a cata de forragem já ali escassa. E o gado à medida que a seca e a fome iam aumentando, diminuindo, portanto, as águas e os pastos, iam também por sua vez se afastando para outras regiões mais longínquas. Foi de modo que o gado, a procura de alimento, veio, parte dele, empastar-se às margens do Rio das Pedras. Capitão-mor Salvador Pedroso de Campos desenvolvia na sua fazenda em iniciativas industriais, atraindo outras pessoas da lavoura, fez com que nascesse a idéia de se realizar ladainhas aos domingos em uma das casas, que se tornou logo conhecida por Casa das Orações. Daí nasceu à devoção para Nossa Senhora DAbadia, que, para honra das tradições católicas de Itaberaí é ainda venerada pelo seu povo, obrigando o Capitão-mor a dar franco apoio à população nascente. Data dessa época a existência propriamente dita de Itaberaí, que, devido ao pequeno curral feito pelo Capitão-mor, foi logo denominado Curralzinho, que, por gente roceira, se tornou em breve Curralinho, nome este porque foi conhecida durante mais de século. Doutor Ernesto Augusto Pereira, 18º Governador da província, elevou a categoria de Vila , indo desse modo completar o 18º município de Goiás.
Significado do Nome
Coronel Benedito Pinheiro de Abreu, representante na Câmara Estadual, em 1924 apresentou o projeto da mudança do nome de Curralinho para Itaberaí, que significa em Guarany Rio das Pedras Brilhantes.

Aniversário da Cidade
09 de Novembro

Clima 
Tropical úmido
 Temperatura Média
32º C 

COMO CHEGAR
Localização
Centro Goiano
Limites

Acesso Rodoviário
Distâncias
92 Km da Capital

TURISMO
Possui 3 praças com ambiente aconchegante para descanso, 01 estádio de futebol, destacando-se o clube popular que acolhe e estrato da população mais carente, 02 ginásios poliesportivos, AABB – Associação Atlética Banco do Brasil, e o Clube de Leões.
 

Alunos da Administração de Empresas/2010-2

CONVITE DE FORMATURA DA TURMA DE CIÊNCIAS CONTÁBIES E ADMINISTRAÇÃO.FAIT-2010/02









































PARABÉNS A TODOS..

CONVITE DE FORMATURA DA TURMA DE CIÊNCIA CONTÁBIES.FAIT-2010/02