terça-feira, 1 de novembro de 2011

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César Soares, é bancário, editor, filósofo escreveu o artigo abaixo.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Artigo: Sobre os sete bilhões de habitantes da Terra
Sobre os sete bilhões de habitantes da Terra

“Mundo mundo vasto mundo

se eu me chamasse Raimundo

seria uma rima, não seria uma solução.

Mundo mundo vasto mundo,

mais vasto é meu coração”.

(Carlos Drummond de Andrade)

A notícia do nascimento do sete bilionésimo habitante do planeta, trouxe-me à mente algumas inquietações. Uma é do senso comum, repousa em pensamentos do meu avô Paulo “bebeu” Soares, ferreiro de profissão e homem rude da baixada maranhense; a outra é científica, a Teoria Populacional Malthusiana.

O meu avô, do auge de sua sabedoria popular, questionava-se: “Se Deus é pai de todos e tem que cuidar de todo mundo, será que ele vai dar conta de cuidar de tanta gente?” Ora, não deixa de ser uma inquietação de cunho filosófico-religioso do meu saudoso ancestral.

A Teoria Populacional Malthusiana foi desenvolvida por Thomas Malthus, economista, estatístico e demógrafo britânico. Preocupado com o crescimento populacional acelerado, ele publica em 1798 uma série de idéias advertindo sobre a importância do controle da natalidade, afirmando que o bem estar populacional estaria intimamente relacionado com crescimento demográfico do planeta. Malthus alertava que o crescimento desordenado acarretaria na falta de recursos alimentícios para a população, gerando como consequência a FOME.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fornece o seguinte dado: dos sete bilhões de habitantes da Terra, um bilhão passam fome. Estarrecedor!

Enquanto vinte e cinco por cento dos alimentos do chamado Primeiro Mundo são desperdiçados e vão simplesmente para o lixo; no Terceiro Mundo, ou “países em desenvolvimento” (um eufemismo, claro!), um bilhão de pessoas não têm como saciar a necessidade mais primária do ser humano: comida.

E, percebam que para sermos felizes, a poesia do grupo Titãs já ensina: “a gente não quer só comida/ a gente quer comida, diversão e arte/... a gente não quer só comer/ a gente quer prazer prá aliviar a dor”.

Para que serve o avanço tecnológico? O homem que já fez a corrida espacial, chegando à lua, e agora avança até para outros planetas; que já derrubou a fronteira da comunicação, através da revolução tecnológica; não estaria na hora de concentrar esforços para solucionar o problema da fome no mundo? Resta-me, pois, concluir que há muita ciência, porém poucos valores no mundo.

Para não terminar com o pessimismo do meu avô, nem do Thomas Malthus, prefiro o resgate dos ensinamentos de Jesus Cristo: “Amai-vos uns aos outros”; e, também do poeta da minha geração, Renato Russo: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã/ Porque se você parar para pensar...”

Acredito como a maior missão que temos: deixar para os nossos filhos e netos, um mundo bem melhor daquele que recebemos dos nossos pais e avós.

Façamos, então, a nossa parte.
César Soares, é bancário, editor deste blog e aprendiz de filósofo.